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Mudança climática custará caro aos países ricos, diz estudo

Terra Notícias • 30 de setembro de 2009

Os países industrializados terão que pagar entre US$75 e US$100 bilhões anuais às nações em desenvolvimento, entre 2010 e 2050, para lutar contra o aquecimento global, segundo um estudo divulgado hoje pelo Banco Mundial (BM).

Segundo o relatório, os maiores custos de adaptação se produzirão em Extremo Oriente e no Pacífico, seguidos de perto pela América Latina, o Caribe e o África Subsaariana.

"O estudo deixa claro que realizar as ações em favor da adaptação dos países em desenvolvimento economizará custos no futuro e reduzirá riscos inaceitáveis", afirmou em Bangcoc o ministro holandês de Cooperação ao Desenvolvimento, Bert Koenders.

"Mais que nunca, a moderação, adaptação e desenvolvimento são necessários para que os países pobres sejam menos vulneráveis à mudança climática e para não pôr em perigo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", indicou Koenders, para quem "os custos são assumíveis para os países ricos, a julgar por seu PIB".

O relatório foi apresentado no marco das negociações sobre mudança climática que auspicia a ONU em Bangcoc, onde mais de 4 mil delegados tentam pactuar um novo protocolo que substitua ao de Kioto, que expira em 2012.

Os países industrializados se comprometeram a financiar projetos nos países menos desenvolvidos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, causadoras do aquecimento global.

Segundo o documento da instituição multilateral, há dois possíveis cenários: um de clima mais seco, no qual o custo seria de US$75 bilhões; e outro mais úmido, no qual o número ascenderia aos US$100 bilhões.

"O acesso a um financiamento necessário é crítico para que os países em desenvolvimento possam enfrentar o aumento das secas, as doenças e a redução da produtividade agrícola que gerará a mudança climática", assinalou o vice-presidente para Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial, Katherine Sierra.

Sierra precisou que o financiamento do próximo Protocolo de Kioto igualará ao que atualmente gasta a instituição em ajudas para o desenvolvimento.

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