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Desmatamento reduziu participação nas emissões, diz Minc

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quinta-feira, 27 de agosto, que o desmatamento das florestas será responsável por uma parcela menor das emissões brasileiras de dióxido de carbono, principal gás que provoca o efeito estufa, por conta da queda do desmatamento e do aumento de outros tipos de emissões.

Apesar de ainda não ter dados oficiais, Minc afirmou que a participação da indústria e da queima de combustíveis fósseis nas emissões do país vai subir de 18% em 1994 para cerca de 25 e 30%. "Florestas ainda serão o grande emissor. Não será mais 75% como foi em 1994, mas seguramente cairá para algo entre 60%", afirmou o ministro em coletiva de imprensa.

O Brasil quer tomar a liderança entre os países em desenvolvimento na temática da redução de emissões de gases que levam ao aquecimento global na reunião da Organização das Nações Unidas em Copenhague, em dezembro, que abordará especialmente este assunto. "Vai ser mais expressiva a importância da atuação e do esforço de reduzir emissões relacionadas a energia e indústrias", disse o ministro.

Minc apresentou o relatório de estimativas de emissões atualizadas para o ano de 2007 de CO2 dos setores de energia e indústria. O estudo foi realizado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do ministério.

Segundo o relatório - que também abarca os setores residencial, público e de transporte -, as emissões de CO2 nestes segmentos aumentaram 49% no período de 13 anos. O nível de emissões da indústria variou 77%. De acordo com o ministério, esse relatório não representa um inventário de emissões no Brasil, o que ainda está sendo preparado.

Minc destacou que a matriz da energia elétrica brasileira continua sendo uma das mais limpas do mundo, pois se baseia em hidrelétricas. Mas ponderou que a energia elétrica "ficou mais suja", pois a sua geração a partir de termelétricas aumentou 71% frente ao aumento de 122% das emissões do gás. "Fica bem evidente que é um setor que nós temos que olhar com cuidado", afirmou a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Suzana Kahn.

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