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Acordo em Copenhague

A COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana.

Este acordo não deve substituir o Protocolo de Kyoto.

Como sabemos os efeitos das mudanças climáticas já começaram a aparecer á muito tempo. São doenças novas e agravamento das já existentes, maior quantidade de terremotos em várias regiões do mundo (como é postado aqui quase semanalmente), e muitos outros problemas.

Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam.

Queimadas na Amazônia
No entanto, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, o cenário pode ser desesperador. Correremos um sério risco de ver:

- a floresta amazônica transformada em savana;
- rios com menor vazão e sem peixes;
- uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo;
- o derretimento irreversível de geleiras;
- o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras;
- a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e
- o aumento de doenças tropicais como dengue e malária.

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QUEM PARTICIPA E QUAIS SÃO OS RISCOS DESTA COP

Normalmente, as Conferências das Partes acontecem durante duas semanas. Os ministros de cada país costumam chegar só depois da primeira semana e a discussão ganha força – mesmo! - apenas nos últimos dias ou horas. Participam da Conferência, com poder de voto, os Estados Nacionais que são signatários da Convenção e/ou do Protocolo de Kyoto, por meio de suas delegações. Outros países podem participar do encontro como observadores, assim como as ONGs. Os observadores podem se manifestar nas reuniões formais por meio de propostas escritas, que são lidas ao público, mas não têm poder de decisão.

Os chefes de estado não participam, obrigatoriamente, da COP, mas seria desejável que eles comparecessem para dar peso à Convenção. Há uma grande expectativa de que o presidente norteamericano Barack Obama esteja presente, o que faria com que muitos outros também aparecessem por lá. No entanto, corre-se o risco de que, assim como aconteceu em 1997, na definição do Protocolo de Kyoto, esses chefes de Estado se reúnam a portas fechadas e negociem sozinhos, invalidando a Convenção e tornando o processo menos democrático e transparente.

Ainda corre-se o risco de a COP-15 terminar sem acordo nenhum ou com propostas bem inferiores ao que seria necessário para controlarmos o aquecimento global, o que seria uma verdadeira tragédia para todos os povos. Infelizmente, muitos especialistas não têm se mostrado esperançosos com Copenhague, já que os países desenvolvidos vêm apresentando números inferiores ao esperado.

Há quem acredite que a mudança em relação às emissões de carbono não virá de uma discussão internacional como essa e, sim, da sociedade civil, dos setores privados, de cidades que se virem ameaçadas pelas alterações do clima. Até dezembro, nos resta apoiar aos diversos movimentos de diferentes setores, que têm encaminhado propostas ao governo para contribuir com as decisões internacionais, cobrar de nossos representantes e torcer.

Posição do Brasil

A agenda para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas deve ser definida em dezembro deste ano, durante a 15ª COP – Conferência das Partes, da ONU, que vai acontecer em Copenhague, na Dinamarca. Ali, será definido quem deve pagar a conta do aquecimento global que já está em curso e de que maneira os países que não fazem parte do Anexo I (países desenvolvidos) poderão atingir um grau de desenvolvimento que não prejudique o futuro do planeta em termos climáticos.

O assunto é complexo e envolve diferentes interesses. Para defender seus pontos de vista, os países têm se preparado para o encontro do final do ano. Com o Brasil não é diferente.

Na manhã de 18 de maio, Tasso de Azevedo, ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro, atual assessor do Ministério do Meio Ambiente e um dos prováveis representantes do país em Copenhague, esteve na Editora Abril, a convite do Planeta Sustentável, e explicou como vem sendo construída a posição que deve nortear o discurso brasileiro quando o assunto for o clima global.

Por fim, o que mais desejamos é que este acordo resulte em medidas boas e as mais drásticas mudanças para não agravar o problema do aquecimento global.

3 comentários:

Giuliana disse...

Tudo isso não é por falta de informação! Como você disse, o dinheiro vem sempre em primeiro lugar! Pensar em um mundo totalmente detonado pela sua propria população me deixa assustada!

Blog informativo de forma direta e rapida! Gostei! Vou seguir..

gAng disse...

e as coisas só tão piorando
esse excesso de terremoto que teve esses dias éuma prova^^

www.hysteria-project.blogspot.com

Emerson disse...

CLIMATEGATE:

Veja abaixo o escândalo científico do milênio: Climategate: o escândalo em que emails e documentos hackeados de um dos mais reconhecidos centro de aquecimento global do planeta e que mostram a face suja e podre da pseudo-ciência do aquecimento global.

Veja abaixo partes dos emails e até o código fonte no qual o programador deixa bem claro os ajustes que fez para mostrar o aumento da temperatura:
http://www.anovaordemmundial.com/2009/11/climagate-prova-final-contra-o.html

http://www.anovaordemmundial.com/2009/11/climategate-2-codigo-usado-no-modelo.html

Porque o estadao nao publica alguns trechos dos emails ou do código fonte, que nao tem nada de suposicao?

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